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A Jornada da Mudança

De 2023 a 2024

2024 já se apresentou.
Uma nova jornada já começou, mas renovam-se os votos. A tradição de “ano novo, vida nova” traz conforto na esperança que depositamos em nós próprios e nas nossas convicções. Uma nova oportunidade de nos melhorarmos e desenvolvermos enquanto seres únicos e, simultaneamente, coletivos.

Ainda trago 2023 no peito. Transporto a mudança que quis que tivesse acontecido. E, de facto, algo aconteceu. Algo despertou tranquilamente. Exatamente em conformidade com os meus novos objetivos de vida. Tranquila e progressivamente.

Ser slow está a ser a prova de que Roma não se construiu num dia. Eu não me construí num dia. E espero que hajam muitos dias e anos pela frente em que me desconstruo e ergo-me em pequenas inaugurações de mim própria. Um franchising de evolução humana, em espírito e físico.

Renovo os votos de desacelerar-me. Observo as metas que no meu entender seriam idílicas —
o “quando for grande quero ser…”.




– Quero morar numa casa própria, térrea, branca, de telhado laranja e lambris em carvalho. Com terreno onde possa descobrir o que é cultivar e colher os meus próprios essenciais. Saborear uma salada de fruta com morangos ainda quentes do sol. Fazer uma sopa com couve rasgada em bordados pelos bichos da terra.

– Quero estender a roupa ao sol.

– Quero andar descalça no meu jardim.

– Quero ver a minha filha a brincar com as abelhas e os gafanhotos.

– Quero ver o meu companheiro a reparar os lambris de carvalho.

– Quero trabalhar com o ímpeto de mudar o meu e o mundo de todos.

– Quero almoçar com a minha família.

– Quero fazer brunchs com amigos.

– Quero celebrar o Dia do Pai, da Mãe, do Tio, da Avó, do Cão e do Carro.

– Quero ter nódoas de compota de ginja que sobrou do último jarro que enchi.

Mas aprendi que as mudanças vêm de dentro. E a minha tranquilidade não poderá residir apenas nas projeções das minhas fantasias. Que a tranquilidade viaje a cada passo e manifestação do meu viver. No quotidiano citadino que por vezes desprezo, nas minhas frustrações e falhas animalescas que residem em cada um de nós.

Em 2023 percebi que a mudança surge DO e NO mais inesperado. Que pode surgir da inspiração mas também da necessidade! E o viver DE e COM vagar surgiu-me em ambos. Mas de uma grande vontade surgiram pequenos passos. Muitos, pequenos e lentos. E simultaneamente, surgiram muitas mudanças. E a esta altura já nem sei o que quero.

De 2023, trago comigo no peito:

– Uma nova casa: um espaço maior, mais funcional, com mais luz natural, espaço exterior e uma zona urbanística que negoceia muito bem a cidade e o “campo”.

– Uma maior consciência sobre a importância de ter um lar (mais) organizado e esteticamente aprazível

– Um pouco mais de conhecimento sobre as substâncias nocivas que nos rodeiam diariamente na nossa alimentação, na lavagem da nossa roupa e dos espaços, no cuidado e higiene pessoais

– Uma certeza indubitável e absoluta de que necessito de uma adaptação profissional ao que procuro enquanto mulher, mãe, companheira e humana saudável e produtiva

– A procura de reconstruir-me após perdas no passado e que agora sou eu quem desempenha o papel de mãe

Em 2023 adotei novos hábitos:

O emprego desempenhou, cada vez menos, um papel de prioridade face à minha saúde, ao meu tempo e à dedicação à minha família

A projeção e manifestação de objetivos

– O uso de vinagre de limpeza para higiene de têxteis e superfícies

– A troca de produtos de higiene pessoal para uma escolha menos tóxica e mais nutritiva para a minha pele e cabelo

A consciência de que somos o que comemos e que a minha família precisa da versão mais saudável de mim própria

E nesta microamostra de mudanças, observei um macrodesejo de tornar-me a melhor versão de mim própria. E que, apesar destes hábitos ainda estarem no início e conviverem diariamente com a falha e a dúvida, há força para explorar os limites da mudança.

2023 terminou com muitas mudanças e 2024 iniciou com tantas outras. Confronto-me com a Sara que quebrou com tudo o que conhecia como certo e que não sabe muito bem o que anda aqui a fazer. Mas confio nela e na sua experiência — confio numa Sara que se revelará mais do que aquilo que sonhou ser. E, nessa sequência, toda a ajuda é bem-vinda, todo o feedback é construtivo e todas as lições serão recebidas com esperança.

É o soltar da carapaça que não serve mais.

Obrigada por estares desse lado!

Sara, Slow Living Portugal

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